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Foto do escritorLuiz de Miranda

UMBANDA: RELIGIÃO DE DEUS

Atualizado: 15 de nov.


Quem é umbandista sabe das perseguições que sofrem por conta daqueles que se dizem cristãos. O lamentável de tudo isso, é que, essas mesmas pessoas violam o maior de todos os mandamentos:” Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.”

Digo que violam, porque quem ama a Deus sobre todas as coisas, deve saber que abaixo Dele existe a Sua criação. Criação esta, que a Umbanda venera e respeita. Quando nós umbandistas reverenciamos a Oxóssi, estamos de fato, louvando a criação das matas e seus benefícios. O mesmo ocorre com todos os outros Orixás, Iemanjá: o mar. Xangô: a pedra. Ogum: as estradas. Yansã: os ventos. Oxum: os rios e lagoas. Nanã: as águas paradas e os pântanos, e assim por diante.

O umbandista venera as matas, o mar, a pedra, as estradas, os ventos, os rios e lagos e os pântanos, por serem criação de Deus. Logo, amamos a Deus sobre todas as coisas. Mesmo que os adorássemos como deuses, nenhum mal teria: pois para que existam deuses é imprescindível que exista um início, um começo, um Criador. Pra nós, Deus: O Zambi, Senhor de toda criação. O incriado. Quantas coisas os rituais de adoração aos Orixás têm pra ensinar... Ouça quem tem ouvidos para ouvir e veja quem tem olhos pra ver.

Como se não bastasse para aqueles que nos perseguem nos ofenderem através de seus programas de rádio e televisão, programas esses mantidos pela boa fé de seus fiéis, decidem também, partir para agressão física, entrando em nossos Terreiros e destruindo através de uma ira insana, nossos sagrados símbolos. E o amor? Como podem essas pessoas falar de amor, quando na prática, semeiam o ódio e a intolerância?

A bem da verdade, não é muito difícil entender tal comportamento. Haja visto, que em seus testemunhos, fazem questão de frisar os bens que alcançaram depois que se converteram a essas Igrejas: carros, casas, dinheiro, posição social e toda sorte de vaidades e caprichos humanos. Aceitaria de bom grado tais testemunhos, se de fato, essas pessoas tivessem se convertido ao amor. Pois eu só acredito na felicidade que os bens materiais possam trazer, se quem os detém, esteja imbuído do sentimento maior que Jesus personificou.

Digo aos que se iniciam em nossa sagrada religião, que a Umbanda é de Deus, e que, chega ao Brasil pela diáspora africana do povo Bantu, primeiro povo a ser trazido forçosamente para o País no século XVI, na condição de escravos. Portanto, uma religião que nasce em meio a perseguição, tortura e marginalização do povo preto e de tantos outros povos excluídos pelas classes predominantes que compunham o cristianismo e o Estado à época. A Umbanda, na sua essência, é o resgate da dignidade, da importância e dos valores desses povos excluídos e marginalizados que se manifestam em nossos Terreiros trazendo suas histórias e ensinamentos. São eles: Pretos-Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Baianos, Pombagiras, Quilombolas, Malandros e Exus que vão muito além de arquétipos: são vozes da resistência!

No dias 15 de Novembro de 1908, um médium de apenas 17 anos de idade, chamado Zelio Fernandino de Moraes institucionaliza a religião de Umbanda.

No ano de 2012, pela Lei federal 12.644, a presidente Dilma Roussef cria o Dia Nacional da Umbanda, que deve ser comemorado anualmente no dia 15 de novembro, graças a aprovação do Projeto de Lei 5687/05 de autoria do deputado Carlos Santana (PT-RJ)

Umbanda: a religião do resgate, culto e adoração aos povos marginalizados. A RELIGIÃO DE DEUS!



Hino da Umbanda

Refletiu a luz divina em todo seu esplendor Vem do Reino de Oxalá onde há paz e amor. Oh luz que refletiu na Terra Oh luz que refletiu no mar Luz que veio de Aruanda para todos iluminar A Umbanda é paz e amor é um mundo cheio de luz É força que nos dá vida e a grandeza nos conduz! Avante filhos de fé Como a nossa Lei não há Levamos ao mundo inteiro A Bandeira de Oxalá! “O Hino da Umbanda foi composto há 42 anos, na década de 60, por um cego, que em busca de sua cura foi procurar ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, presidido pelo Sr. Henrique Landi, o hino foi oficialmente adotado como oficial da nossa amada Umbanda. Seu nome é José Manuel Alves, nascido em 05/08/1907, em Monção, Portugal. Era musico, tocava clarinete. Com pouco mas de 20 anos veio para o Brasil, morar no interior e no mesmo ano veio para a capital, ingressando na banda da Força Pública, onde ocupou vários postos e aposentou-se como capitão. Quando conheceu a Umbanda em busca de cura, soube que não tinha o que ser feito, visto que sua cegueira era karmica. Fez o hino da Umbanda e dizia que a Umbanda esta luz divina que vem do reino de Oxalá. não era para ser vista com os olhos físico, que voltarão ao pó, mas sim com os olhos do Espírito, no encontro da mente com o coração.” (Wikipedia.org)

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Anderson Freire
Anderson Freire
Nov 15
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