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2023: O ANO DE IEMANJÁ



Antes de começar a ler, peço sua atenção especial ao fato de que cada Casa ou Terreiro de Umbanda têm seus meios e rituais para revelarem o Orixá regente de um determinado ano. Aqui, não tenho nenhuma pretensão de ser o dono da verdade. Apenas divido com vocês as orientações que recebi do Mentor de nossa Casa, que sempre segue os estudos da astrologia, baseando-se então, no Orixá correspondente ao planeta ou astro que regerá o ano:

Com impacto direto nas marés dos oceanos, nas colheitas e nos nossos sentimentos, o satélite da Terra, a Lua, será o astro regente do ano de 2023. É o que dizem, baseados em seus estudos, pesquisas e análises, grandes nomes da astrologia brasileira.

Um ano que será de grandes mudanças e emoções em todas as áreas de nossas vidas, principalmente na área afetiva e emocional: alterações de humor, rompimentos de relações, inquietações, reconciliações... tudo isso, graças a relação direta que a Lua tem com as emoções e instintos. Ao mesmo tempo, ela aguça o inconsciente, trazendo à tona lembranças do passado. Favorece as intuições que irão mostrar que as coisas nem sempre são o que parecem ser, e assim, chama a atenção para as tentações, ilusões e principalmente para projetos que se queira iniciar neste ano. Portanto, um ano que pede mais segurança conhecimento e equilíbrio nas escolhas. É preciso desenvolver o autoconhecimento, saber lidar com as sombras da alma, aceitar os defeitos e erros, transformando-os em oportunidades para um ano mais saudável e próspero.

No caso de 2023, a Orixá regente será a Mãe Iemanjá, a Senhora de todas as cabeças.

Como Grande Mãe da humanidade, Iemanjá é aquela que cuida de seus filhos com muita dedicação, amor e por vezes, excesso de zelo. Ela vem jogando pra fora tudo que não é bom, tudo que incomoda e atrasa a evolução da humanidade, rasgando os véus da desilusão e deixando refletir Sua luz redentora sobre as mentes e almas.

Iemanjá pede serenidade ao lidar com promessas, ajudas ou propostas. Escute a voz da sua intuição e lembre-se: as coisas nem sempre são o que parecem ser.

Trabalhar a autoestima, dominar o ego, alinhar o coração (sentimento) com a mente (razão) são os grandes desafios no ano de 2023.


Cores do ano:

branco,lavanda (lilás claro), azul em tons claros, verde água.

Pedra do ano:

pedra da lua. Por sua raridade e beleza essa pedra pode ter um valor alto. Caso não tenha condições financeiras para adquiri-la, troque por um cristal branco liso e transparente.

Como imantar: lave a pedra em água e sal grosso. Em seguida passe arroz branco cru em toda a pedra, mentalizando coisas boas. Deixe da noite para o dia em local que reflita a luz da lua, dentro de um pires com arroz branco.


Oração do ano:

Senhor, concedei-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir umas das outras.”


Ervas positivas para o ano:

Lavanda, erva da jurema, anis estrelado, manjericão, rosa branca.

Não há necessidade de usar todas as ervas para um banho. Pode escolher uma ou mais.


Tenham todos um novo ano de esperanças renovadas, fé fortalecida e caminhos protegidos!

Saravá!

(Luiz de Miranda - Pai no Santo)

1 коментар

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Patricia Martiliano
Patricia Martiliano
14 груд. 2022 р.

Eu sou apaixonada por essa oração, e todas as vezes que faço me sinto muito mais Serena e centrada. Que mãe Iemanjá nos cubra e com as suas bençãos esse novo ano. Muito obrigado por tudo mei Pai no Santo ❤

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SUA FÉ É RESPEITADA?

          No ano de 1990, meses antes de perder sua irmã de 29 anos de idade para um adenocarcinoma no mediastino, o Pai no Santo passa por uma experiência extremamente desagradável e revoltante, que bem retrata o racismo religioso no Brasil. Isso aconteceu no Iaserj, um hospital para os servidores do Estado do Rio de Janeiro. Era por volta das dezesseis horas. Enquanto acompanhante da irmã, ele decide ir tomar café num bar próximo ao hospital e retorna vinte minutos depois. Tempo que foi suficiente para um pastor entrar no quarto e oferecer uma oração. Voltando então do seu café, ele encontra a irmã que já vinha extremamente debilitada por conta da doença, agora, com semblante ainda mais triste e constrangido. Ele então procura levar palavras de consolo e ânimo, ao que ela responde: “_ Meu irmão, por favor, não quero que esse tipo de religioso venha fazer oração pra mim.” Ele de imediato, pergunta:  “_ O que houve?” Ela então relata o ocorrido: “_ Quando você saiu para tomar seu café, um homem de terno se apresentou como pastor da igreja universal e me perguntou se podia fazer uma oração pra mim, Como ele parecia ser uma boa pessoa e foi muito educado, eu disse que sim. Ele fez a oração, pediu pela minha saúde, e em seguida me perguntou se eu aceitava Jesus Cristo como salvador, e eu respondi que sim. Ele então disse que a partir daquele momento eu estava curada. Só que ele então perguntou qual era minha religião, o que eu respondi, que era espírita. Então ele me disse que eu teria que renegar minha religião. Eu disse que não, jamais iria renegar minha fé. Daí ele falou que infelizmente o câncer voltaria e me levaria pros braços da morte. Eu disse a ele que preferia morrer, a ter que conviver com cristãos como ele. Não quero irmão, não quero esse tipo de gente fazendo oração pra mim.”

            Em outra ocasião, anos depois, o racismo e a intolerância religiosa voltam a atacar o Pai no Santo. Dessa vez, no Hospital Regional Darci Vargas, em Rio Bonito. Indo visitar um Filho de Santo na Unidade Intensiva, o Pai no Santo se depara com uma senhora que estava ao lado do leito de seu filho perguntando se podia fazer uma oração. Como o doente estava sob efeito de fortes medicamentos, não tinha condições de responder; o que fez com que a mulher iniciasse a sua oração. Em voz alta e de tom feroz, ela dizia: “ _ Em nome do Senhor Jesus eu expulso os demônios de Pombagira, Exu, Ogum e todos os demônios dos tambores, das encruzilhadas... .” quando então foi interrompida pelo Pai de Santo; gerando na mulher um comportamento agressivo e ameaçador. Dizia ela, agora em tom mais elevado de voz: “_ Você não pode querer calar a voz de uma ministra de Deus. Seus demônios serão jogados por terra... .” quando então o Pai no Santo pediu ao funcionário responsável pela vigilância da Unidade, que retirasse a mulher do ambiente. No que foi prontamente atendido.

            Esses são dois exemplos dos milhares de outros que acontecem todos os dias, atingindo seguidores das religiões de matriz afro-brasileira. E não é à toa, afinal, não faltam umbandistas que se silenciam diante de tais fatos, e como se não bastasse o silêncio, ainda permitem que seguidores de outras religiões lhes imponham sua fé como sendo superior as demais.

            O Umbandista de fato, sabe sua origem, conhece seus Santos, suas rezas, seus cantos e louvores. Não é de hoje que a Umbanda se livrou do peso do sincretismo, dos santos que nunca foram seus, dos ritos e rituais que nunca lhes pertenceram. O Umbandista de fato, sabe a quem recorrer nas horas de aflição e desespero, e não precisa que outro religioso venha em seu socorro para rezar ou orar. Sim, não precisa! Sabe por quê? Porque o Umbandista sabe que aquela pessoa não está oferecendo uma oração para aliviar teu sofrimento. De forma dissimulada, ela quer que o Umbandista negue sua religiosidade, abandone seus Guias e Orixás. Como pode uma pessoa que frequentemente está na igreja ouvindo e dando glórias a voz de um padre ou pastor, e que não mede palavras para demonizar a Umbanda, orar por quem é Umbandista? De que vale uma oração que sai da mesma boca que chama nossos Santos de demônios?

            O Umbandista de fato, sabe o poder de seus Santos, o sangue que derramaram, o suor sofrido e causticante ardendo na pele preta, o fogo impiedoso das fogueiras da inquisição, a lâmina cortante e afiada das guilhotinas. O Umbandista de fato, sabe que seus ancestrais e antepassados morreram para garantir a liberdade aos seus  descendentes. Trazidos à força e amontoados nos navios negreiros, chegam ao Brasil e são obrigados a se batizarem do lado de fora das Igrejas, porque de acordo com as interpretações bíblicas, o preto era um ser sem alma, amaldiçoado...

            Quando um Umbandista respeita outras manifestações religiosas, não quer dizer que ele tenha que se subjugar. Os Santos da Umbanda também têm suas histórias, sua cultura, suas bênçãos e seus poderes.

            Seu Orixá está vivo e pulsante em você. Não deixe que o matem!

                                                                                                   (Luiz de Miranda-Pai no Santo)

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