No dia 24 de junho, homenagearemos o Orixá Xangô, com uma Gira Festiva em nossa Casa. Para tanto, vamos aproveitar e discutir sobre os ensinamentos deste Orixá.
Xangô, bem sabemos, é o arquétipo da realeza, do poder, da justiça e do equilíbrio. Seu campo vibracional é encontrado no exercício da razão, da ética que nos proporciona o despertar do senso de equilíbrio e de equidade (respeito a igualdade de direitos).
Na atuação e manipulação do elemento fogo, aprendemos a controlar nossos instintos emocionais e afetivos. Aqui, é importante deixar para trás antigas crenças e conceitos ultrapassados que nos escravizam, nos mantendo subservientes aos déspotas e tiranos, tanto internos como externos. Atender as necessidades dos prazeres do corpo, é justo. No entanto, há de se ter princípios éticos, caso contrário, nos tornaremos cegos, imprudentes e egocêntricos, tendo por consequência, comportamentos intolerantes e agressivos.
Aprendemos com Xangô a desenvolver a razão através do conhecimento, do estudo, das pesquisas, do julgamento justo. E não pela vaidade. Afinal, para se ter razão, é preciso antes de mais nada, buscar o entendimento, as diferenças, ouvir os dois lados. Ter razão não é ser o dono da verdade, é defender nosso ponto de vista, respeitando o ponto de vista do outro. Difícil por vezes, mas crucial para a construção de uma humanidade mais justa e igualitária.
Xangô nos ensina que a justiça só é feita quando damos oportunidades iguais a todos.
Na doença, Xangô nos ensina a encarar essa adversidade como uma grande oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores, de não nos culparmos, e sim, de entendermos que por vezes, é preciso adoecer, para conhecer os limites e necessidades do nosso corpo e espírito. Quando doentes, Xangô desperta em nós o seu poder e a sua força, fazendo-nos determinados a vencer, entendendo que nada é capaz de conter uma pessoa determinada: nem mesmo a possibilidade da morte. Pra Xangô, não é a morte que comanda a vida. É a vida que comanda a morte. Assim, ela só vai acontecer quando de fato, todas as possibilidades e necessidades da vida forem esgotadas. Sinal de que a missão foi cumprida.
No desemprego, Xangô desperta em nós a necessidade do recomeço: avaliar nossos erros, invigilância, comodismo. Aqui, Xangô desperta em nós mais empenho na construção da nossa capacidade profissional, na necessidade de aprender mais, saber mais, vigiar mais, guardar mais. E de volta às nossas atividades profissionais, estarmos prontos para competir e garantir nosso lugar nesse mundo que não para de evoluir.
Na família, aprendemos com Xangô a disciplina, o respeito, o cuidado. É na proteção da nossa família que encontramos as bênçãos desse Orixá. É ele quem nos ensina a importância dos exemplos, muito mais do que as palavras. O zelo pelas coisas e pessoas conquistadas. O valor do dinheiro não pela moeda, mas pelo fruto do trabalho honesto e laborioso.
Que saibamos cuidar de Xangô em nós, e assim, entendermos o verdadeiro e divino significado do amor e da justiça.
Kawô Kabiecille!
Que texto explicativo!
Gratidão, Pai no Santo.
Que eu seja sempre digna de honrar meu Rei e Senhor, o dono do meu ori! KAWÔ, meu Pai!!
Boa tarde, como é bom saber mais sobre xangô e o que eles nos ensina a colocar em prática e viver tão leve, neste mundo difícil. Axé 💕 amei.