Assim como o obi, o orobô também é considerada uma semente sagrada e de grande fundamento nos rituais de Umbanda. Originária do continente africano, nativa das terras de Serra Leoa, Togo e Angola, chega ao Brasil pelas mãos dos negros escravizados, sendo hoje encontrada em várias regiões tropicais. É um fruto muito comercializado na África, graças ao seu poder místico e terapêutico, da espécie Garcinia Kola Heckel, também conhecida como bitter cola (cola amarga), tem seu uso indicado como suprimento, estimulante cerebral, cansaço físico e mental por estresse, excesso de trabalho e práticas esportivas, exaustão, depressão, melancolia, enxaqueca, no tratamento do vírus ebola; suprime a fome e a sede. A eficácia da semente está em ser consumida crua e descascada.
Nos rituais, a semente de orobô é aceita por todos os Orixás. Ela simboliza a morte e a vida. A morte, quando traz a representação da ancestralidade e descendência de uma família, e a vida, quando representa as pedras de raios do Orixá Xangô. Semente forte que dá força. Orobô é a semente quente que propicia a felicidade, que esquenta a palavra, que protege o corpo e o ori das doenças e feitiços. Usada em amacis e banhos de descarrego, orobô traz inúmeros benefícios para os filhos que dele fazem uso. No entanto, orobô tem uma exigência para que seus efeitos sejam sentidos: lealdade ao Orixá Xangô. Fazer um pedido para um Orixá depois de ter mastigado orobô, é a certeza de seu pedido ser ouvido. Orixá ouve a voz de quem fala com a boca esquentada por orobô. Nas oferendas para Omolu/Obaluaiê, o orobô se faz indispensável, primeiro pelo seu poder de potencializar o axé, e segundo, por ser uma semente que guarda os segredos e riquezas dos nossos ancestrais. Orobô nos ensina a calar a boca sobre nossas conquistas, resguardando nossas vitórias e dando forças para alcançarmos nossos objetivos.
Estudo do dia concluído …..
muito bem explicado …